Folha Informativa nº 72 Mar 2017 - NAS BOCAS DO MUNDO
DESPERDÍCIO ALIMENTAR |
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A importância mundial do desperdício alimentar tende a aumentar, tendo em conta a necessidade de alimentar uma população mundial em constante crescimento. As estimativas atuais indicam que cerca de um terço dos alimentos produzidos para consumo humano é desperdiçado ou perdido, com um consequente custo económico e ambiental. Segundo um estudo da FAO de 2013, intitulado “Food wastage footprint”, o desperdício alimentar tem consequências ao nível do clima, da água, da terra e da biodiversidade, com reflexos diretos nas economias locais e nacionais. Em 2014 a FAO publicou outro relatório, intitulado “Definitional framework of food loss”, que sistematiza a informação relacionada com esta temática, através da formulação de conceitos, domínios e definições. A situação em Portugal não é brilhante, já que os portugueses deitam para o lixo um milhão de toneladas de alimentos, ou seja, existe um desperdício per capita de 132 quilos de comida por ano. |
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Relatório “Climate change, impacts and vulnerability in Europe” - Agência Europeia do Ambiente, 2017 |
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O IV Relatório "Alterações climáticas, impactos e vulnerabilidade na Europa", destina-se a apoiar o processo de implementação e revisão da “Estratégia de Adaptação Climática da EU” prevista para 2018 e o desenvolvimento de estratégias e planos nacionais e transnacionais de adaptação. As Alterações Climáticas representam riscos cada vez maiores para os ecossistemas, saúde humana e economia na Europa. Estas alterações causaram prejuízos a Portugal de 6,8 mil milhões de euros em três décadas.
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A agricultura e as alterações climáticas |
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A agricultura contribui para as alterações climáticas e é afetada por estas. É necessário que a UE reduza as emissões de gases com efeito de estufa provenientes da agricultura e adapte o seu sistema de produção alimentar às alterações climáticas. Porém, as alterações climáticas apenas constituem uma das muitas "pressões" a que a agricultura está sujeita. Perante o crescimento da procura e da competição pelos recursos, a produção e o consumo de alimentos na UE têm de ser inseridos num contexto mais vasto, interligando agricultura, energia, clima, solo e segurança alimentar. |
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