O vinho de talha, produzido desde há cerca de 2000 anos pelos romanos, está ganhar nova vida, sobretudo em terras alentejanas, concretamente no concelho da Vidigueira, onde existem cerca de 30 produtores, município em que se destaca a Freguesia de Vila de Frades, conhecida como “capital” deste produto.
Estrategicamente, pretende-se vir a criar valor no território a partir de um produto endógeno e identitário, sobretudo por via da atração de visitantes identificados com o enoturismo.
Como objetivos específicos, facilitadores da concretização desta estratégia referem-se os seguintes:
- inclusão desta atividade no Repertório Nacional das Atividades Artesanais, após estabilização de critérios mencionados em Nota Explicativa. De referir que este é um trabalho conjunto do CEARTE/IEFP com a DGADR, no âmbito do Grupo de Trabalho do Estatuto do Artesão e da Unidade Produtiva Artesanal;
- preparação da candidatura ao Registo no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), condição necessária para se candidatar o “Vinho de Talha” a Património Imaterial da Humanidade, via UNESCO.
De referir que a CM da Vidigueira pretende no imediato constituir um grupo alargado de parceiros para equacionar o Plano de Ação a realizar no curto prazo, que integrará a DGADR, o CEARTE/IEFP, a DRAPAL, a DR Cultura do Alentejo, a Comissão Vitivinícola da Região Alentejo (CVRA) e representantes dos municípios do Alentejo que aderirem; dentro deste grupo, será constituído um grupo mais restrito, de caráter operacional, coordenado pela CM da Vidigueira, sendo certa a participação da DGADR, do CEARTE/IEFP e da CRVA.