Hack for Good: concurso da Gulbenkian para promover a eficiência hídrica no setor agrícola
Estão abertas até 16 de maio as inscrições para a segunda edição do hackathon online Hack for Good @ Home, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian dedicada a desenvolver soluções tecnológicas para medir e otimizar a água na agricultura.
O desafio é lançado a estudantes e profissionais para desenvolverem soluções tecnológicas inovadoras que promovam e facilitem uma agricultura mais sustentável e eficiente no uso da água. O desenvolvimento de novas tecnologias de medição e otimização do uso deste recurso na agricultura é fundamental para prevenir um futuro de escassez de água.
As equipas terão acesso a mentores especializados e as três melhores soluções receberão prémios entre os 500 e os 3.000 euros.
Alguns exemplos de soluções que a tecnologia pode criar para desafios no uso eficiente da água e que podem ajudar os participantes a definir o problema a que pretendem responder.
- Partilha de informação entre agricultores para a criação de benchmarking (big data). Por exemplo, a criação de uma plataforma de partilha de métricas de uso de água e de resultados de produção dos diferentes agricultores, para estabelecer referências e comparativos de rega nacionais e apoiar os agricultores na compreensão das necessidades ótimas de água por tipo de culturas, região e características relevantes das explorações agrícolas.
- Integração e combinação de diferentes fontes de informação (nomeadamente satélite, estações meteorológicas e sondas) na previsão dos planos de rega. Por exemplo, uma solução que cruze e disponibilize, num mesmo suporte, métricas de diferentes fontes de informação para maximizar a otimização da rega.
- Controlo, numa única plataforma, da 'equação alargada da água', através da monitorização do uso eficiente de água na rega e dos restantes fatores que beneficiam de uma otimização do uso da água (eletricidade, combustíveis, fitofármacos, qualidade do solo), para melhor aferir os ganhos totais de uma rega eficiente.
- Aplicação de inteligência artificial na gestão de rega. Por exemplo, soluções para otimizar processos de previsão e ajustes do plano de rega, ao longo das campanhas agrícolas, e criar soluções de aprendizagem, correção e autoaperfeiçoamento.
- Sistemas de avaliação da eficiência do uso da água, ajustados à cultura e às características da exploração agrícola, que permitam avaliar progressos, numa evolução temporal e considerando a especificidade climatérica de cada ano.
- Monitorização dos aquíferos. Por exemplo, registo e monitorização dos níveis a que o agricultor está a puxar água – medição e acompanhamento do nível piezométrico – para que possa controlar a água subterrânea que utiliza (e capacidade de reposição).
- Monitorização e alerta de perdas nos sistemas de distribuição da água de rega.
Vídeo sobre escassez da Água em Portugal
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