facebook_cover_out22.JPG
abelhas.jpg
abobora.jpg
cabras.jpg
figoindia.jpg
pinheiro.png
porco.jpg
mirtilo.jpg
serpentinas.jpg
montado.jpg
previous arrow
next arrow

emRede - folha informativa

João Coimbra em entrevista à Visão: “Criou-se a ideia de que a agricultura biológica é uma coisa fantástica para o Ambiente. Esta opção cega vai dar mau resultado”

Joao coimbra visao verdeA necessidade faz o mestre. Nos anos 90, quando ainda dava os primeiros passos a cultivar milho na exploração da família na Golegã, João Coimbra – filho, neto e bisneto de agricultores – confrontou-se com a descida dos preços do produto.

“Estava cada vez mais barato, devido à globalização. Todos os anos tínhamos de vender mais barato, e os preços da energia, dos adubos e da mão-de-obra estavam sempre a aumentar. Era um jovem agricultor e pensei que tinha de mudar de vida. Foi isso que me levou a fazer uma melhor gestão dos recursos, uma gestão mais eficiente. Tinha de produzir mais e gastar menos. Nessa altura, ainda não era uma questão de sensibilidade ambiental, mas sim uma questão de sobrevivência económica.”

Só mais tarde percebeu que o que fazia sentido económico, fazia sentido ecológico. “Aí começou a jornada de eficiência: mais quilos produzidos por unidade de água, de energia e de mão-de-obra. Desembocámos na agricultura de precisão, com soluções digitais, apoiada por recolha de dados”, diz, na entrevista semanal da VISÃO VERDE.

O produtor não tem dúvidas de que a agricultura moderna é muito mais sustentável do que a do tempo dos nossos avós, apesar da perceção pública contrária. “No passado, regávamos pela intuição. Olhávamos para a planta para tentar perceber se tinha sede.” Atualmente, com a ajuda de sensores de humidade, as plantas estão sempre em conforto hídrico: “Nem mais uma gota, nem menos uma gota.”

Do mesmo modo, nos tempos antigos, “também se usavam adubos a mais, o que era mau para a carteira do agricultor e para o Ambiente”. “Se posso usar um quilo de fertilizante, não vou usar dois, porque assim corto a minha margem para metade. Mais pesticida e mais adubo não representa mais produção. Pelo contrário: água a mais produz menos, pesticida a mais queima a planta.”

Continue a ler na revista Visão.