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Abertura da Bolsa de Iniciativas para a constituição de Grupos Operacionais

21-04-2025

A partir desta terça-feira, dia 22 de abril, encontra-se aberta a Bolsa de Iniciativas para a constituição de Grupos Operacionais no âmbito da intervenção C.5.1 - Grupos operacionais para a inovação, do PEPAC no Continente. Nesta área poderão ser submetidas as iniciativas a propor por parceiros que pretendam desenvolver, em cooperação, um plano de ação para a concretização de projetos de inovação que respondam a problemas concretos e/ou oportunidades que se colocam ao setor e que contribuam para atingir os objetivos e prioridades do desenvolvimento rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias, tendo em vista a produtividade e sustentabilidade agrícolas, conforme consideradas na Parceria ...

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Rede Nacional PAC recebe delegação da Estónia para troca de experiências em Projetos LEADER

08-04-2025

No dia 26 de Março, a Rede Nacional PAC recebeu nas suas instalações, uma delegação de representantes de Grupos de Ação Local (GAL) do Nordeste da Estónia que entre os dias 25 e 31 de março de 2025, participou em diversas atividades e visitas com o objetivo de conhecer projetos locais LEADER e trocar experiências com os seus homólogos portugueses. Esta comitiva, composta por cerca de 20 pessoas, foi acolhida em Portugal pela RNPAC em parceria com a Federação Minha Terra, a ADREPES e a ADL.

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DGADR destaca-se na estratégia nacional de gestão da água - "Água que Une"

10-03-2025

O Governo apresentou a Estratégia nacional de gestão da água, intitulada "Água que Une", durante uma sessão realizada no Convento de São Francisco, em Coimbra. Este plano ambicioso, que inclui quase 300 medidas a serem implementadas até 2050, visa garantir a gestão sustentável dos recursos hídricos em Portugal. A Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) desempenha um papel essencial na elaboração e implementação desta estratégia, que em colaboração com entidades como Águas de Portugal (AdP), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), visa enfrentar os desafios da gestão da água para a agricultura ...

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Publicação da Portaria n.º 36-A/2025/1: Alterações ao programa Nacional para apoio ao setor da apicultura

13-02-2025

Foi publicada a Portaria n.º 36-A/2025/1, que procede à terceira alteração à Portaria n.º 54-G/2023, de 27 de fevereiro, que estabelece as regras nacionais complementares do domínio "B.2 — Programa nacional para apoio ao setor da apicultura", do eixo "B — Abordagem setorial integrada", do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal (PEPAC Portugal). A principal alteração constante do documento é a prorrogação do prazo final do período de candidaturas para o ano apícola 2026 até ao dia 3 de março de 2025.

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Publicação da Portaria n.º 21/2025/1 - Estrutura de Governação do AKIS

04-02-2025

Foi publicada no dia 27 de janeiro de 2025 a Portaria n.º 21/2025/1, que estabelece a estrutura de governação do Sistema de Conhecimento e Inovação da Agricultura (AKIS), no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal (PEPAC Portugal). Este diploma regulamenta a organização e funcionamento do AKIS, conforme previsto no Decreto-Lei n.º 5/2023, e visa fortalecer a ligação entre a investigação, a inovação e a prática agrícola, promovendo a disseminação do conhecimento no setor agroflorestal.

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Abertas as primeiras candidaturas ao investimento no âmbito do PEPAC no Continente, destinadas a jovens agricultores, investimento agrícola, bioeconomia e organização da produção

15-01-2025

O Ministério da Agricultura e Pescas anunciou a abertura das primeiras candidaturas ao investimento no âmbito do PEPAC no Continente, com um foco especial na renovação geracional na agricultura. As intervenções “Prémio instalação jovens agricultores” e “Investimento produtivo jovens agricultores” têm como objetivo atrair e instalar jovens agricultores com idades entre os 18 e os 40 anos, promovendo o crescimento sustentável das explorações agrícolas. Com uma dotação global de 143,6 milhões de euros, os concursos oferecem prémios até 55 mil euros por candidatura para jovens agricultores que se instalem em exclusividade, com valores mais elevados para aqueles em zonas vulneráveis. Este apoio ...

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Governo nomeia vice-presidentes das CCDR Norte, Centro, LVT e Alentejo

10-01-2025

Na sequência de terem sido atribuídos ao Ministro da Agricultura e Pescas os poderes de superintendência e tutela na área da Agricultura e Pescas de cada Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), I.P., e após parecer prévio positivo da CReSAP, o Conselho de Ministros, reunido no dia 9 de janeiro de 2025, aprovou uma Resolução que designa os novos Vice-presidentes das CCDR Norte, CCDR Centro, CCDR LVT e CCDR Alentejo.

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Publicadas as portarias para o PU2025 com as alterações decorrentes da terceira reprogramação do PEPAC

03-01-2025

Na sequência da terceira reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para Portugal (PEPAC Portugal), sendo necessário proceder a ajustamentos nas normas e disposições decorrentes da legislação em vigor, foram publicadas a 30 de dezembro de 2024 as seguintes portarias:

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Lançado convite para apoiar a recuperação e modernização nos Polos da Rede de Inovação

01-06-2022

Enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência de Portugal (PRR) foi hoje publicado o 2º Aviso Convite (AC) para apresentação de candidaturas à celebração de termos de aceitação de financiamento com os detentores dos Polos da Rede de Inovação que pretendam promover a recuperação e a modernização das suas infraestruturas e equipamentos.

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Registo de candidaturas na plataforma e-fundos

21-04-2022

Foram rececionadas, na plataforma e-fundos do IFAP, um total de 70 candidaturas, das quais 32 no âmbito do Aviso N.º 09/ C05–i03/2021 projetos I&D+I – “Agricultura 4.0" e 38 no âmbito do Aviso N.º 10/ C05–i03/2021 projetos I&D+I – “Territórios Sustentáveis”.

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V Jornadas de alimentação animal

V Jornadas de Alimentação Animal





Fátima, 22 de setembro

A Secção de Fabricantes de Pré-Misturas da IACA (SFPM), irá realizar no próximo dia 22 de setembro, em Fátima no Dom Gonçalo Hotel & SPA, as V Jornadas de Alimentação Animal, que pela elevada afluência registada nas edições anteriores, já é um ponto de encontro e de referência no Setor.

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Melhoria da resiliência dos sobreirais do Baixo Alentejo e Algarve aos incêndios florestais

A Suberpinus, empresa vocacionada para a gestão de espaços florestais, com génese na Serra do Caldeirão, onde adquiriu vasta experiência e uma particular sensibilidade relativamente ao valor e potencial dos espaços florestais caracterizados pela presença de sobreirais, sentiu que poderia dar um contributo decisivo para a melhoria das condições das áreas afetadas pelo fogo.


Identificação da iniciativa
Melhoria da resiliência dos sobreirais do Baixo Alentejo e Algarve

Área geográfica de incidência
Territórios florestais da freguesia de São Barnabé (Almodôvar) e limítrofes

Entidade responsável
Suberpinus, Serviços Agro-florestais, Lda.

Pessoa e forma de contato
Luís Domingos
Tm: 965538387

Breve descrição
As áreas florestais do sul do Alentejo e do Algarve foram afetadas no ano de 2004, por um incêndio de grandes dimensões, com uma área afetada de aproximadamente 27.000 ha. Esta catástrofe teve graves consequências ao nível do valor ecológico dos habitats de sobreiro, dominantes nestas áreas, tendo também afetado outras espécies e contribuindo para uma significativa redução da biodiversidade e o aumento da incidência de problemas sanitários. Ao nível económico, o impacto negativo que se abateu sobre uma região com graves problemas de competitividade e severamente afetada pelo fenómeno da desertificação humana, provocou uma compreensível quebra de confiança na recuperação e a perspetiva do agudizar da degradação das condições de vida das populações.
A Suberpinus, empresa vocacionada para a gestão de espaços florestais, com génese na Serra do Caldeirão, onde adquiriu vasta experiência e uma particular sensibilidade relativamente ao valor e potencial dos espaços florestais caracterizados pela presença de sobreirais, sentiu que poderia dar um contributo decisivo para a melhoria das condições das áreas afetadas pelo fogo. Desde o início que um dos objetivos da intervenção da empresa foi o de assegurar que não se voltaria a repetir uma tragédia de dimensões semelhantes aquela ocorrida em 2004. Entendeu-se portanto que as operações de recuperação da área afetada teriam de permanentemente contribuir para o aumento da sua resiliência aos incêndios florestais. De forma direta foi realizada, numa área de aproximadamente 850 ha, um conjunto de operações com o objetivo de reduzir a carga de combustível presente (resultante de falta de intervenção nos anos pós-fogo) mas entendeu-se que seria essencial levar a estratégia para o nível seguinte. Assim sendo foram dados passos decisivos no sentido de melhorar significativamente as condições vegetativas dos povoamentos, a redução dos riscos de afetação por agentes bióticos e a melhoria produtiva das áreas. Intervenções de tratamento do solo assentes em fertilização e instalação de culturas melhoradoras contribuíram para a melhoria da base nutricional dos solos e reduziram a capacidade de regeneração da vegetação arbustiva mais suscetível ao fogo, nomeadamente as espécies do género Cistus. A realização de podas sanitárias e a remoção de árvores secas e decrépitas permitiram o rejuvenescimento dos povoamentos, a redução de focos de problemas sanitários e a redução de material disponível para arder. A promoção da regeneração natural e o adensamento com espécies autóctones aumentaram a viabilidade dos povoamentos e a recuperação das características naturais do habitat. Todas estas intervenções, além de terem contribuído para a redução significativa da perigosidade de incêndios florestais, foram decisivas para a promoção da sustentabilidade dos espaços florestais, assegurando desta forma uma maior capacidade de manutenção da resiliência dos mesmos ao fogo.
Com a convicção que o problema dos incêndios florestais se resolve com a aposta na gestão florestal ativa e que só a sustentabilidade económica dos espaços rurais poderá assegurar a sustentabilidade destas, iremos continuar a trabalhar no sentido de encontrar novas soluções que contribuam para estes fins, sendo que para tal já foram constituídas 6 Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) totalizando 18.335 hectares contíguos, estando mais uma ZIF (ZIF de Almodovar Sul com 2.849 ha) na fase final da sua constituição.
Neste momento, além da continuidade na aposta em intervenções silvícolas semelhantes àquelas descritas anteriormente, a realizar nestas áreas e noutras adjacentes, existe uma clara aposta na valorização de produtos como o medronho e o mel, bem como a intenção, já formalizada, de avançar para um processo de certificação florestal. Os sub produtos florestais devem tomar o seu lugar de elevada importância na rentabilidade destes ecossistemas, através de uma incrementação do seu valor, nomeadamente através da transformação. Só criando valor e dimensão é que é possível tratar as propriedades e como tal reduzir o risco de estas arderem.
O trabalho desenvolvido faz-nos acreditar que mesmo as áreas mais afetadas poderão passar de uma situação de desespero a uma condição de esperança, diminuindo a sua propensão para ser afetados por incêndios, aumentando a sua riqueza natural, melhorando a sua rentabilidade e garantindo uma melhoria efetiva das condições de vida das suas populações, aumentando o seu apelo e invertendo a sua tendência de empobrecimento.

Território com Vida – uma experiência a conhecer

A associação “Território com Vida” desenvolve atividades centradas na prevenção de incêndios em matas e florestas através do controlo da vegetação, principalmente em terrenos baldios, com recurso ao pastoreio acompanhado com pequenos ruminantes, cabras autóctones. 

Enquadramento:
A associação “Território com Vida” é uma organização sem fins lucrativos, de direito privado, sediada no concelho de Arcos de Valdevez, região do Alto Minho.
Foi criada no âmbito do concurso FAZ-IOP, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, com o apoio da COTEC Portugal e com o alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa.
A sua atividade centra-se na prevenção de incêndios em matas e florestas através do controlo da vegetação, principalmente em terrenos baldios, com recurso ao pastoreio acompanhado com pequenos ruminantes, cabras autóctones.

1 - Breve descrição do tipo de intervenção
O fenómeno dos incêndios em Portugal é um problema complexo, com causas múltiplas, entre elas a falta de limpeza das matas e o deficiente ordenamento do território.

Por outro lado, a estratégia adotada para acudir ao flagelo tem sido o combate às chamas, com alocação de recursos escassos e intervenções de elevado risco.
O entendimento da associação “Território com Vida” é, em primeiro lugar, que o problema não reside nas ocorrências e consequente propagação do fogo. O problema está, antes de mais, na desumanização dos territórios rurais, no abandono de atividades tradicionais e no desequilíbrio dos ecossistemas. A deflagração e o avanço vertiginoso das chamas é apenas uma consequência do acima referido.
Esta abordagem remete-nos para uma reflexão profunda sobre o paradigma do combate versus prevenção.
Antes de mais convém realçar de novo que o fogo não é um problema, por vezes até é necessário e útil e ocorre de forma natural. Portanto, a própria natureza, na sua imensa perfeição, criou-o como instrumento regulador.
Neste enquadramento, entende a associação, que o caminho passa necessariamente pela prevenção. Entende também que não é exequível o modelo que preconiza a limpeza, manual ou mecânica, das matas, com exceção dos perímetros obrigatórios nas edificações e aglomerados habitacionais.
Posta de parte a estratégia falida do combate e a inexequível pretensão de limpeza do país inteiro, resta-nos procurar outro modelo que responda eficaz e eficientemente ao problema.
Sem descartar o ordenamento do território, urgente e fundamental, mas acometido a outras instâncias, o modelo que a associação Território com Vida desenvolveu passa pela (re)introdução de rebanhos de cabras autóctones para reduzir a carga combustível e a presença humana nos territórios rurais e por essa via minimizar a ocorrência e propagação do fogo, nomeadamente em áreas baldias.
Para garantir a sustentabilidade económica da exploração o modelo prevê o incremento de atividades complementares como o turismo e a valorização dos produtos do rebanho: carne, leite e esterco.
Neste particular, desenvolvemos uma plataforma de apadrinhamento dos animais em que toda a comunidade é convidada a dar o seu contributo para a sustentabilidade do projeto. Com isso fomentamos também a dinamização do território com atividades de lazer como “ser pastor por um dia” ou as caminhadas pelos trilhos do pastor, as degustações dos produtos endógenos, etc.
Outros fatores importantes tidos em conta no modelo foram o nível de investimento inicial necessário e a atualização das condições de vida do pastor.
No primeiro caso optou-se pela construção de um abrigo amovível de baixo custo, uma construção metálica em arco, coberta com tela de PVC e com proteções laterais em madeira tosca reciclada. A grande vantagem desta estrutura reside no facto de ser amovível, de montagem fácil e rápida e muito barata, o que não compromete a rentabilidade da exploração.
Relativamente às condições de vida do pastor, e mitigada a questão prévia do estigma da profissão, foi considerada a necessidade de proporcionar um período de descanso semanal e um horário de trabalho, condição sine qua non para o necessário recrutamento.
Para garantir o pastoreio durante o período de descanso semanal, construiu-se um cercado de cerda de 10 hectares onde os animais ficam confinados no máximo durante dois dias.
Refira-se que o projeto tem uma vocação demonstrativa e de fomento de uma cidadania ativa envolvente e participativa. Nesse sentido a sua abrangência inclui também o ordenamento do pastoreio em áreas baldias, até agora desregrado e potenciador de ignições para renovação de pastagens.
Está concebido exclusivamente para pastoreio acompanhado por se entender que este é o único que garante o bem estar animal, a segurança de pessoas e bens e a salvaguarda do património e do progresso genético das raças. Para além disso, garante a presença regular de pessoas nas zonas de maior risco, o que constitui um factor dissuasor para os incendiários.

2 - Parceria

Para o desenvolvimento da sua atividade, para além do apoio do programa de desenvolvimento humano da Fundação Calouste Gulbenkian, a associação estabeleceu parcerias de colaboração com instituições públicas e privadas, das quais se destacam: Escola Superior Agrária do IPVC; Associação ambientalista “Campo Aberto” e Oikos, Cooperação e desenvolvimento.

3 - Principais objectivos

O principal objetivo é instituir práticas preventivas, sustentáveis e ambientalmente corretas como forma de minimizar as ocorrências e a propagação dos fogos em matas e florestas.
Daí resultam externalidades positivas relevantes como a criação de riqueza e emprego, a conservação do património genético das raças e a humanização dos territórios rurais, deprimidos e de baixa densidade.

4 - Principais atividades

Até agora, a atividade da associação centrou-se na implementação do projeto piloto que consistiu em instalar um rebanho comunitário na freguesia de Rio Frio do concelho de Arcos de Valdevez, (construção de um abrigo, aquisição de animais, construção de um cercado e formação de pessoal). Paralelamente desenvolveu contactos com os órgãos de soberania, Governo e Assembleia da República, no sentido de criar mecanismos de fomento da atividade silvo pastoril e novas regras de utilização dos baldios e respetivo ordenamento.

5 - Principais resultados obtidos ou esperados

O resultado mais visível foi a redução significativa da vegetação em cerca de 50 hectares e área baldia. Espera-se replicar esta prática a todo o território nacional e disseminar a ideia da prevenção como única forma de minimizar o risco de incêndio em matas e florestas.


6 - Principais dificuldades e suas causas

Como todas as iniciativas que visam mudar a sociedade alterando comportamentos, formas de pensar , regas e até mesmo o quadro legislativo, também aqui se defrontam dificuldades de vária ordem. Em primeiro lugar, os órgãos gestores dos baldios nem sempre assumem uma posição proativa na procura de soluções para os problemas e de novas formas de colocar o bem comum ao serviço das suas comunidades. Hoje, os baldios perderam a função de acudir ao provimento de matos, lenhas e pasto para os compartes e para os seus gados e terras. É preciso perceber isso e inovar na gestão destes espaços sem temer apropriação ou perda da primazia na sua tutela.
Outra dificuldade prende-se com o já aludido estigma da profissão de pastor. É uma questão cultural, ser pastor é sinónimo de não ser capaz de mais nada, é quase uma escravatura, trabalhar de sol a sol, sem direito a tempo para si e para os seus.
Acresce a falta de consenso ao nível político e interpretações divergentes ao nível técnico sobre os planos de utilização dos baldios e, não menos importante, uma vasta cadeia de interesses que permeia qualquer intervenção nestes espaços.


Links:

www.territoriocomvida.pt

www.publico.pt/sociedade/noticia/o-que-130-cabras-podem-fazer-por-19-pessoas-1733889

www.rtp.pt/noticias/pais/rebanho-de-cabras-atrai-turistas-e-muda-a-vida-a-19-pessoas_v934543

www.pressreader.com/portugal/jornal-de-not%C3%ADcias/20160115/282149290311974/TextView

http://portocanal.sapo.pt/noticia/94992

www.ver.pt/fazer-na-diaspora-pela-identidade-de-portugal-no-mundo/

Pós-incêndios: o que fazer?

Papel do medronheiro na prevenção dos incêndios e na valorização ecológica, económica e ambiental do território nacional

Carlos Fonseca
Presidente da Direção da Cooperativa Portuguesa de Medronho crl. (Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

A calamidade dos incêndios florestais invade ciclicamente o país de norte a sul e são cada vez mais as vozes que evidenciam a necessidade urgente de melhor e mais eficaz ordenamento e gestão florestais, de modo a prevenir-se tal fatalidade. Anualmente são milhares os hectares de floresta e matos que são destruídos no nosso país pelos incêndios, tornando mais pobres os solos, a paisagem, a biodiversidade e parte das pessoas que vivem nos territórios ardidos.

Importa pois entender o que irá acontecer no Pós-incêndios. Como sabemos, Portugal apresenta fundamentalmente dois padrões em termos de dimensão da propriedade rústica: o latifúndio, associado a parte da Beira Baixa, Ribatejo e Alentejo e o minifúndio que predomina no resto do país. As estatísticas anuais demonstram que é nas regiões de minifúndio onde ocorrem mais ignições e onde os incêndios são maiores em termos de área queimada. Também as espécies de rápido crescimento, quase todas exóticas, são as mais devastadas pelos incêndios, enquanto as espécies nativas, arbustivas e arbóreas, são as menos afetadas.

O medronheiro (Arbutus unedo), enquanto espécie nativa mediterrânica, é uma das plantas mais bem adaptadas ao fenómeno dos incêndios, a par do sobreiro e de alguns carvalhos, além de ser uma planta rústica, que tanto tolera a falta de água como o frio. A sua existência de norte a sul do país desde há milhões de anos permitiu uma coevolução num ecossistema em que os fogos naturais são uma realidade. Assim, à passagem do fogo, o medronheiro é geralmente uma das espécies que mais rapidamente recupera e regenera, rebentado desde a base do tronco ou da raiz, contribuindo para a proteção e reabilitação do solo.

Mais recentemente o medronheiro tem vindo a ser encarado pelos proprietários rurais de várias regiões do país, com especial destaque para a Região Centro e Algarve, como uma mais-valia económica à qual se associa um elevado valor ecológico e ambiental.
Muitos proprietários mantêm os seus medronhais espontâneos podados e limpos, principalmente neste período do verão, de modo a poderem fazer a colheita do fruto a partir do mês de setembro. Outros proprietários iniciaram mais recentemente plantações ordenadas de medronheiros, também chamados pomares, com espaçamentos entre linhas de 4 metros e mais, que mantém limpos durante todo o ano, com especial incidência nesta altura do ano, de modo a salvaguardar a sua plantação e a colheita do medronho, mal acabe o verão. Estas plantações, com áreas variáveis entre os menos de 1ha a vários hectares, funcionam como autênticos mosaicos/áreas de fragmentação de manchas florestais contínuas, contribuindo por si só para a descontinuidade florestal e, como tal, para a necessária prevenção de incêndios.

O medronheiro é uma das espécies arbustivas que atualmente apresenta um maior potencial económico, principalmente devido às múltiplas utilizações do seu fruto, não só para as famosas bebidas e derivados, como também pelo seu consumo como fruto fresco, sumo, iogurte, compotas, doces, e variadíssimos usos na gastronomia, pastelaria e bartending, para além dos inovadores usos na cosmética, na medicina e no nutricionismo. A Cooperativa Portuguesa do Medronho tem vindo a assumir um papel fundamental na valorização desta espécie agroflorestal e dos seus derivados nestas variadas áreas, através de uma integração forte e natural com as instituições de ensino superior e de investigação que possuem trabalhos em medronheiros e medronho (cerca de 10 instituições só em Portugal!) e com os agentes de desenvolvimento do território, nos quais se incluem os municípios, as associações locais e as agências de promoção territorial.

O fomento de espécies como o medronheiro, em consociação ou não com outras espécies arbóreas e arbustivas, representa um positivo contributo para a sustentabilidade ecológica e ambiental dos ecossistemas mediterrânicos e para a valorização económica dos nossos territórios e funciona, sem dúvida, como uma solução contracorrente nos tempos pós-incêndios que se avizinham.

Opções de gestão florestal na prevenção de incêndios florestais na Europa

Neste documentário, Ricardo Vélez, Doutor Eng.º de Montes, coordenador do Grupo de Trabalho sobre Incêndios Florestais da FAO e membro do Comité Permanente Florestal da UE, fala-nos da importância da conjugação de interesses de todos os grupos sociais implicados na floresta. “A experiência diz-nos que é raro que haja fogos nos lugares onde todos os agentes implicados beneficiam”.

Afirma ainda que “A gestão florestal é tarefa complexa, é fundamental a integração de políticas territoriais, económicas, sociais e laborais”.

Ricardo Vélez diz-nos também que depois de 40 anos de experiência conclui que a melhor estratégia é conviver com o fogo e que isso implica, estudá-lo, conhecê-lo, saber como se comporta para com base nesse conhecimento definir as medidas mais adequadas.

Outra mensagem importante é a necessidade de partilhar o conhecimento com toda a sociedade de modo a conseguir o seu apoio na prevenção de fogos florestais.

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Quinta da Moenda, uma boa prática de gestão florestal

A Quinta da Moenda, sita no concelho de Vila Nova de Poiares, dominada por carvalhos (Quercus spp.), bordos (Acer pseudoplatanus) e castanheiros (Castanea sativa) é o resultado de um esforço recente para criar uma área pouco suscetível à passagem do fogo e não uma herança, mais ou menos bem preservada de um tempo distante.
Na realidade, nada singularizava(b) num primeiro momento (anos noventa), esta propriedade de cerca de 4 hectares, da paisagem circundante no concelho de Vila Nova de Poiares; espaço rural abandonado e ocupado por matos altos, parcialmente invadido por espécies exóticas e onde as únicas plantas com porte arbóreo eram quase exclusivamente as acácias (Acacia spp.), pinheiros (Pinus spp.) e algumas oliveiras (Olea europaea) remanescentes do seu passado agrícola.

Algumas notas sobre a Quinta da Moenda, por Samuel Vieira(a)

A Quinta da Moenda, sita no concelho de Vila Nova de Poiares, dominada por carvalhos (Quercus spp.), bordos (Acer pseudoplatanus) e castanheiros (Castanea sativa) é o resultado de um esforço recente para criar uma área pouco suscetível à passagem do fogo e não uma herança, mais ou menos bem preservada de um tempo distante.
Na realidade, nada singularizava(b) num primeiro momento (anos noventa), esta propriedade de cerca de 4 hectares, da paisagem circundante no concelho de Vila Nova de Poiares; espaço rural abandonado e ocupado por matos altos, parcialmente invadido por espécies exóticas e onde as únicas plantas com porte arbóreo eram quase exclusivamente as acácias (Acacia spp.), pinheiros (Pinus spp.) e algumas oliveiras (Olea europaea) remanescentes do seu passado agrícola.
Nessa altura, foi decidido o que ainda hoje é o essencial na acção prática: a redução ou eliminação da vegetação arbustiva ou invasora não deveria pôr em causa a abundante regeneração natural de espécies autóctones (geralmente carvalhos) e que à data eram ainda dificilmente visíveis no meio de tojos, silvados e acácias. Foi portanto recusado o uso de instrumentos mais "expeditos" como a capinadeira, em prol do trabalho manual e da moto-roçadoura. A utilização desta última é sempre precedida por um "reconhecimento" que visa escolher os espécimes a preservar e que são então isolados através de uma limpeza manual. Todo o trabalho é concluído com uma poda (ramos baixos, selecção de fustes) que visa potenciar o crescimento, facilitar "limpezas" posteriores e acelerar o ritmo de ensombramento. Este método simples, tem de ser ajustado, na sua intensidade e frequência à espécie alvo, já que por exemplo sobreiros (Quercus suber) e cerquinhos (Quercus faginea) precisam de muito mais "apoio" do que robles (Quercus robur) ou bordos.
Em 2008, a Quinta da Moenda foi doada(c) à Liga Para a Protecção da Natureza (LPN) num momento em que no centro do país e em particular no concelho de Vila Nova de Poiares, era ainda evidente o desastre provocado pelos incêndios de 2003 e 2005. Uma paisagem que contrastava vivamente com o bosque de folhosas, aparentemente invulnerável ao fogo que marcava o espaço da Quinta. Defender a floresta autóctone e divulgar os melhores métodos de gestão, tornou-se naturalmente, num dos principais objectivos da LPN. Um esforço que tem sido reconhecido pelo número crescente de pedidos de esclarecimento ou ajuda por parte de entidades oficiais e particulares do Concelho. As visitas, de estudo ou por curiosidade, tornaram-se frequentes e raros seriam os cidadãos de Poiares cientes da variedade de espécies de carvalho na região ou da simples existência do bordo...
Contudo, a inexistência de um projecto formal faz depender todo o trabalho (e despesas inerentes) do voluntariado. E não há, em geral, mais de um voluntário. Por sinal, o mesmo desde 1993. Em resultado, a Quinta apresenta situações muito distintas perante a ameaça do fogo. Se em certas áreas já é possível dispensar qualquer tipo de intervenção (elevado grau de ensombramento) noutras o risco permanece máximo. Recentemente, o uso de um pequeno número de ovelhas demonstrou a sua utilidade para a manutenção de áreas relativamente extensas mas revelou-se difícil de conjugar com o desenvolvimento do sub-bosque (ex: sabugueiros – Sambucus nigra e sanguinhos – Rhamnus alaternus). Em suma a Quinta da Moenda permanece um local fértil para experiência e aprendizagem.

Notas:
(a)O autor destas linhas escreve de acordo com as normas anteriores ao actual Acordo Ortográfico.

(b)Excepto a presença de um abrigo para animais abandonados, (que chegou a albergar 200 cães) e que motivou a necessidade de segurança.

(c)A benfeitora foi a Dra. Maria do Carmo Albuquerque, farmacêutica em V.N. de Poiares.

Da paixão à gestão florestal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Da paixão à gestão florestal 

“Uma loucura pessoal, sustentada na ideia romântica de  uma serra cheia de árvores, como eu a conheci, quando nela me criei”.

 É desta forma que António Giestas, proprietário e produtor florestal, com uma exploração localizada na freguesia de Cambra, Concelho de Vouzela, em pleno Parque natural de Gestão Local Vouga-Caramulo descreve o seu interesse na gestão das suas propriedades.

1 – As primeiras acções destinaram-se à constituição de uma área de cerca de 25ha, através de compras e trocas de propriedades que se juntaram àquelas que já possuía. Um puzzle que exige a paciência de uma vida. Depois a limpeza dos matos e a eliminação dos núcleos de existentes. Aproveitaram-se os carvalhos e castanheiros jovens espontâneos e plantaram-se as áreas e adensaram-se outras.

Constituíram-se, entretanto, outros núcleos com características idênticas e com plantação de pinheiro bravo em zonas sem aptidão para folhosas.

2 – A ideia que presidiu a estas acções, foi a de conseguir áreas capazes de resistir ao fogo e de constituírem uma barreira eficaz à sua progressão; simultaneamente criar uma zona com alimentação abundante para diversas espécies e, ainda, potenciar a criação de condições para a produção de cogumelos.

A recuperação de algumas construções existentes, que haviam, antes, sido utilizadas como abrigos para o gado, transformando-as em pequenas habitações com capacidade para receber turistas, nomeadamente aqueles que privilegiam o contacto com a natureza.

 3 – Durante anos um rebanho apoiou na limpeza de matos, obrigando à protecção de árvores jovens.  Até ao momento em que as árvores consigam, pela sombra, eliminar a vegetação arbustiva, é necessário proceder à limpeza anual de matos, que é feita por lotes. Anualmente procede-se, também à limpeza das levadas que conduzem a água para os lameiros, à manutenção dos estradões que confinam com as propriedades e limpam-se as valetas e os matos vizinhos.

 4 – O resultado de 30 anos destas acções são o aparecimento de uma floresta tradicional, jovem e com capacidade para crescer e resistir.  Dela se espera que continue a crescer, que resista e que, no futuro, possa ser apreciada por quem a visitar.

Se quisermos avaliar do ponto de vista económico estas acções, apenas poderei dizer que são caras e que, nas circunstancias actuais, não são rentáveis.

5 – A reduzida dimensão da propriedade, a inexistência de cadastro, os afloramentos rochosos, os declives, a quase total impossibilidade de mecanizar algumas tarefas e o preço dos terrenos, por um lado, e por outro a incapacidade das autarquias em manter os estradões e apoiar os proprietários, são, em meu entender, as maiores dificuldades que enfrentam aqueles que queiram  avançar com projectos que protejam e desenvolvam a floresta tradicional. Haverá, por fim, que mencionar a eucaliptização acelerada da serra, como uma ameaça à manutenção destes núcleos tradicionais.

Grupo informal discute agricultura de conservação

O Professor Mário de Carvalho, especialista em agricultura de conservação e docente na Universidade de Évora, acompanha um grupo de agricultores alentejanos (sistemas agrosilvopastoris: cereais, forragens, pecuária e montado), que se reúne informalmente desde há cerca de 15 anos para partilhar experiências e conhecimento sobre o percurso das respetivas explorações, contando desde o início com o apoio técnico e científico desde especialista.

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