O evento, organizado pela Federação Portuguesa das Associações de Desenvolvimento Local - Minha Terra, decorreu em Campo Maior no passado dia 12 de julho. Teve como objetivo, por um lado, demonstrar a importância dos GAL e da implementação da abordagem LEADER no desenvolvimento dos territórios e por outro, perspetivar o futuro dessa intervenção no próximo periodo de programação.

O LEADER, criado pela Comissão Europeia em 1991, para responder a uma crise de desenvolvimento dos territórios rurais da União Europeia, teve um papel fundamental na constituição de parcerias locais – os Grupos de Ação Local (GAL), dotados de equipas técnicas qualificadas (no presente, cerca de 500 técnicos, dos quais, mais de dois terços possuem habilitações de nível superior), que acabam por ser, por vezes, o único “centro de competências” em determinados territórios rurais.

A intervenção dos GAL assenta atualmente nos seguintes pilares que definem a filosofia LEADER: 60 parcerias público-privadas, que concebem e implementam, de forma ascendente, estratégias de desenvolvimento local, baseadas numa abordagem territorial integrada, que tem em conta a inovação, a cooperação e o trabalho em rede.

Os GAL, através da Federação Minha Terra, deram início a uma ampla discussão sobre o futuro do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) que conduziu à elaboração do Pacto Desenvolvimento Local 2030, publicamente apresentado no dia 12 de Julho no Centro Cultural de Campo Maior.

O Pacto Desenvolvimento Local 2030, que já reuniu mais de 1000 subscrições, afirma os princípios do LEADER e lança o desafio ao futuro período de programação 2021-2027, no sentido de dar voz às comunidades locais, reforçando o seu papel no desenvolvimento dos territórios e reafirmando o valor acrescentado que as associações de desenvolvimento local imprimem ao processo.