1. Projeto Economountain (AGUIARFLORESTA, Vila Pouca de Aguiar, Portugal)

O foco deste projeto esteve assente na gestão de matos em áreas florestais (arborizadas ou não), numa integração de diferentes técnicas de gestão: uso de fogo controlado e pastoreio dirigido com cabras. A gestão dos habitats intervencionados teve a preocupação de avaliar os possíveis impactos, nomeadamente na capacidade de regeneração da vegetação, conservação dos solos e eventuais perturbações noutras espécies de fauna selvagem (concretamente nas populações de coelho-bravo).

Conseguiram-se atingir os objetivos de gestão de combustíveis propostos no projeto, embora se tenha verificado uma maior área de intervenção com fogo controlado e uma menor área de pastoreio dirigido.

Uma importante linha de trabalho deste projeto foi a integração dos pastores locais e respetivos rebanhos, fosse com a sua intervenção direta através dos rebanhos colocados em cercados de ensaio, fosse através da sua sensibilização e informação para a definição de possíveis percursos para o pastoreio tradicional praticado.

Outra linha de interesse social e económico, menos explorada por motivos de calendarização e oportunidade, é a valorização dos produtos do meio rural (mel, cogumelos, cabrito, outros produtos), cuja produção está intimamente relacionada com a gestão e conservação das florestas. Para o efeito foram realizadas oficinas de cozinha e diferentes ações de comunicação.

Recentemente o projeto "Economountain - A economia da biodiversidade das serras de Vila Pouca de Aguiar" alcançou a certificação ES+, no âmbito do MIES - Mapa de Inovação e Empreendorismo Social.

http://www.aguiarfloresta.org


2. Ordenamento Florestal Micológico do Vale de UIztama (Pamplona, Espanha)

O diagnóstico e a análise aos espaços florestais permitem definir uma série de recomendações de silvicultura orientada para a produção micológica, que são consideradas na planificação das ações de gestão florestal, com o objetivo de conservar e potenciar a produção e gestão sustentável dos fungos florestais, sobretudo aqueles com maior interesse social e económico.

Procura influenciar-se a gestão florestal a longo prazo, para que se mantenham ou inclusivamente se aumentem as produções de cogumelos comestíveis [uma das formas que se poderia aplicar também em Portugal, é por exemplo, o estabelecimento de parcelas florestais permanentes, com silvicultura orientada à produção micológica].

Deve também realçar-se a importância destas metodologias para a salvaguarda da sanidade florestal, visto grande parte dos cogumelos comestíveis e com interesse económico, desenvolvem relações simbióticas com as árvores e os arbustos, havendo um claro benefício sanitário e produtivo também ao nível do arvoredo.

Outra medida relevante neste projeto é a regulação da apanha de cogumelos, quer em termos de calendário, quer em termos de espécies e quantidades permitidas. A credenciação para a recolha representa um rendimento adicional para a entidade gestora, o que promove a valorização económica dos vários recursos disponíveis.

http://www.parquemicologico.com/micolo.php


3. Certificação Florestal PEFC de Navarra (Espanha) / Associação Florestal de Navarra

A estrutura de certificação florestal de Navarra, com base na Norma PEFC, baseia-se no esquema de certificação regional. A superfície objeto de certificação é a adstrita à Entidade Navarra Solicitante da Certificação Florestal PEFC, associação sem fins lucrativos que reúne TODAS as entidade públicas e privadas proprietárias de áreas florestais ordenadas da Comunidade Foral de Navarra, que desejem obter o certificado de gestão florestal sustentável para as superfícies sob a sua gestão.

www.foresna.org/certificacion.php